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Dor Lombar, Hérnia de Disco e Doença Degenerativa da Coluna Vertebral

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Seguem neste post alguns dos principais aspectos que você precisa saber para cuidar bem da sua coluna.

O que é a Doença Degenerativa da Coluna Vertebral?

O termo doença degenerativa da coluna vertebral não se refere a uma doença específica, mas a um conjunto de alteração sofridas pelos corpos vertebrais, articulações entre as vértebras, e pelos discos intervertebrais (desidratação e hérnia de disco) ao longo da vida, decorrentes do processo natural de envelhecimento ou da sobrecarga desproporcional e crônica da coluna. Algumas pessoas tem uma predisposição maior a tais alterações que outras, mas em maior ou menor grau, todas as pessoas a partir de uma certa idade terão alterações degenerativas da coluna vertebral.

Tenho dor na lombar! O que fazer?

Um dos tipos mais comuns de dor lombar é a lombalgia mecânica, que decorre da sobrecarga e desgaste da musculatura lombar diante de agressões como má postura e sobrepeso, por exemplo. É uma dor leve a moderada que geralmente melhora com poucos dias de repouso relativo e analgésicos, mas a pesar de ser passageira ela aponta para a necessidade de maiores cuidados com a coluna, valendo a pena procurar um especialista para orientações.

Já a dor lombar aguda e incapacitante, o chamado “lumbago”, é uma condição extremamente incapacitante que pode ocorrer de forma inesperada principalmente após uma atividade física ou com carga, capaz de paralisar o indivíduo, que pode sentir dores terríveis ao menor movimento da coluna. Essa é uma causa muito frequente de visitas a pronto-socorro e abstenções no trabalho, causada principalmente pelo espasmo da musculatura paravertebral por sobrecargas e vícios posturais, e na maioria das vezes está relacionada a uma resposta de defesa da musculatura no evento de uma fissura ou rotura do ânulo fibroso de um disco intervertebral lombar.

O tratamento para esse tipo de dor consiste em repouso por curto período, medicações analgésicas e bloqueios anestésicos locais, seguida de fisioterapia adjuvante para dor (calor local, TENS, ultrassom) e manipulação (massagem, alongamento e reeducação postural).

E a dor lombar crônica?

Outros tipos de dores na coluna podem se originadas do desgaste e degeneração de outras estruturas, como o disco intervertebral, na chamada dor discogênica; ou das articulações interapofisárias, que ficam na parte posterior da vértebra, que causam a dor facetária. A musculatura paravertebral também pode ser fonte de dor lombar crônica, causando a chamada dor miofascial (a mais comum). Por vezes as dores no quadril podem ser referidas como dores lombares baixas com irradiação para as nádegas, como no caso da degeneração das articulações sacrilíacas ou na sacroileíte, por exemplo. Cada um destes tipos de dor tem características que podem ser identificadas através da anamnese e exame físico com médico capacitado. Porém, em uma boa parte dos casos a origem da dor não pode ser determinada em consultório, necessitando de procedimentos diagnósticos minimamente invasivos como discografias e bloqueios diagnósticos da coluna.

Importante ressaltar que precisamos ficar sempre atentos aos “sinais de alarme” da dor lombar. Sintomas associados como emagrecimento sem motivo aparente, febre recorrente, pacientes muito jovens ou muito idosos, uso crônico de corticóides, história de neoplasia e outros devem ser relatados ao médico e podem significar outra doença que não a degenerativa da coluna.

Uma vez determinado o tipo predominante da dor lombar, o tratamento consiste inicialmente em um bom programa de fisioterapia, iniciando-se com técnicas de alívio de dor, manipulação, massagem e alongamentos, podendo associar-se a acupuntura e outros métodos não invasivos para tratamento da dor, evoluindo para a fisioterapia de reabilitação postural (RPG) e em seguida fortalecimento e manutenção de musculatura postural adequada (Pilates, por exemplo) numa fase mais avançada da reabilitação.

Associada à fisioterapia são incluídas medicações para alívio da dor em diversas escalas, e programa de atividade física conforme tolerância, devendo-se evitar o repouso absoluto prolongado. Pode-se associar ao tratamento inicial sessões de bloqueios anestésicos em pontos-gatilho, para alívio mais imediato no caso das dores miofasciais, sempre associados ao programa de fisioterapia.

Existem também medicações específicas para dor crônica que podem ser introduzidas nessa fase. Essas medicações podem ser da classe dos antidepressivos (como a Duloxetina, Venlafaxina, Desvenlafaxina e Amitriptilina), ou dos anticonvulsivantes (como a Pregabalina, Gabapentina e Carbamazepina). Então, se o seu médico prescrever um anticonvulsivante ou antidepressivo para tratar sua dor crônica, não e assuste! O tratamento é esse mesmo! Embora essa informação deva ser reforçada durante a consulta, alguns médicos podem não ter essa prática, sendo comum pacientes abandonarem o tratamento após se assustarem lendo a bula, por exemplo. Portanto, se houver qualquer dúvida em relação a medicações, converse com seu médico!

Se mesmo após o tratamento conservador com fisioterapia, medicações e bloqueios, a dor não ceder, outras alternativas podem ser utilizadas. Nos casos da dor facetária, por exemplo, podem ser realizados procedimentos minimamente invasivos para tratamento funcional da dor, como a rizotomia (que significa lesão da raiz do nervo) do ramo recorrente da raiz dorsal, que inerva as articulações da parte posterior da vértebra (articulações interapofisárias), promovendo melhora mais prolongada da dor. Nos casos de dor discogênica, diversos procedimentos minimamente invasivos podem ser tentados, desde coagulação intradiscal (térmica ou a laser), até a radiofrequência pulsada da raiz de L2, introduzida mais recentemente. É importante ressaltar que tais procedimentos são na maioria das vezes temporários, sendo o efeito tão mais rápido quanto mais jovem for o paciente, por causa da maior velocidade de “regeneração” da fibra nervosa lesada, podendo a duração da melhora variar de 3 meses a 2 anos aproximadamente. O procedimento ainda pode ser repetido se o médico especialista julgar necessário.

Caso haja falha nas terapêuticas voltadas para a dor, a cirurgia para descompressão com artrodese (fixação) do segmento da coluna julgado como responsável pela dor pode ser oferecida como alternativa, ressaltando-se que, a depender do grau de evolução ou peculiaridades de cada caso, tal cirurgia possa ser oferecida numa fase mais precoce do tratamento.

E a dor do ciático?

A dor de origem na raiz nervosa da coluna lombar ou sacral, que geralmente irradia como sensação de choque, formigamento, dormência ou dor intensa para as pernas tem origem, na maioria das vezes, da compressão mecânica ou irritação química causada por um disco intervertebral “doente” ou degenerado, em contato com uma raiz nervosa no interior da coluna. É a famosa hérnia de disco. Essa dor, no caso da hérnia lombar, na maioria das vezes vem associada a um componente de dor lombar em maior ou menor grau, pois além da raiz nervosa irritada, que causa a dor na perna, o próprio disco intervertebral doente pode levar à dor lombar, como vimos anteriormente.

Fiz um exame e deu hérnia de disco! O que fazer?

A hérnia de disco é uma das alterações degenerativas da coluna vertebral. Na hérnia de disco ocorre um deslocamento do disco gelatinoso normalmente presente entre as vértebras em direção ao canal vertebral, podendo causar compressão das raízes nervosas, levando a dor e, nos casos mais graves, a perda de força nas pernas ou nos pés, e/ou perda de controle sobre urina ou fezes.

Com o envelhecimento, todas as pessoas terão algum grau de desgaste dos discos intervertebrais, e algumas podem desenvolver hérnias de disco. Estas hérnias de disco podem, ou não, causar sintomas! Inclusive é muito frequente o achado de hérnias de disco assintomáticas em pacientes que se submetem a exames de ressonância magnética da coluna vertebral por outros motivos.

Qual o tratamento para hérnia de disco?

O tratamento da hérnia de disco, quando sintomática, deve seguir o mesmo racional do tratamento da dor lombar, com medicações, fisioterapia e, se necessário, bloqueios terapêuticos.

O tempo de espera para melhora gira em torno de um mês e meio a três meses. Quando há falha no tratamento conservador inicial, a cirurgia para hérnia de disco pode ser oferecida. Atualmente a cirurgia da hérnia de disco pode ser considerada como pouco invasiva, por se tratar de uma cirurgia com pouca agressão tecidual e incisões pequenas, independente da técnica, com alta precoce dos paciente no dia seguinte à cirurgia. Com a introdução da técnica endoscópica o tempo de internação e a dor do pós operatório ficaram ainda mais reduzidos, com os pacientes podendo ter alta no mesmo dia da cirurgia, a depender do caso.

Esperamos que tenha aproveitado o conteúdo. Se ficou alguma dúvida, não exite em entrar em contato conosco!

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